Dados do Trabalho
Título
Análise comparativa da ultrassonografia cinesiológica do diafragma em pacientes com insuficiência cardíaca: uma investigação sobre a fraqueza muscular inspiratória.
Resumo
INTRODUÇÃO A Insuficiência Cardíaca (IC) apresenta um dos maiores índices de mortalidade no mundo. A evolução da doença desencadeia sintomas como limitação funcional por fadiga e dispneia, aumentando o trabalho respiratório que por sua vez proporciona fraqueza muscular inspiratória (FMI) OBJETIVO Investigar e comparar as características cinesiológicas do diafragma em pacientes com IC que apresentam FMI e sem FMI MÉTODOS Estudo caso controle retrospectivo, composto de 19 indivíduos com IC. Os indivíduos foram recrutados no Programa de Reabilitação Cardiopulmonar. Foram realizadas avaliações de força muscular inspiratória e espirometria conforme as recomendações da ATS. A FMI foi definida conforme a declaração sobre testes musculares respiratórios em repouso e durante o exercício. Os pacientes foram separados em um grupo com FMI (n=9) e sem FMI (N=10). A avaliação cinesiológica do diafragma foi realizada por meio da com ultrassonografia com o transdutor linear de alta visibilidade e baixa penetração (10 MHz), posicionado na linha axilar anterior para obter uma imagem sagital no espaço intercostal entre as costelas 7 e 8 ou 8 e 9, entre o volume residual e a capacidade pulmonar total, usando a abordagem intercostal. As medidas extraídas foram de espessura do diafragma, espessura do diafragma no final da inspiração (TDi-Ins) e espessura do diafragma no final da expiração (TDi-Ex), onde foi considerado a média das 3 medidas retiradas da continuidade de ciclos respiratórios por 30 segundos. RESULTADOS Foram avaliados 19 indivíduos, sendo 9 homens e 10 mulheres, com idade média 59-65±10 anos, tendo como principal etiologia a miocardiopatia isquêmica (3,7%), fração de ejeção reduzida (<49%) e preservada (>50%). Os indivíduos com FMI apresentaram resposta reduzida significante nas medidas extraídas da ultrassonografia do diafragma em TDi- Ins (∆-0.17±-0.04), TDi-Ex (∆-0.15±-0.04), na função pulmonar pelas médias de capacidade vital forçada (∆-1.1±-0.3 L/min) e volume expiratório no primeiro minuto (∆-0.8±-0.2 L/min) (p<0,05) quando comparado ao grupo sem FMI (dados na Tabela 1). As demais variáveis clínicas não foram diferentes entre os voluntários com IC com e sem FMI (p>0,05). CONCLUSÃO A espessura do diafragma analisada por meio do TDi-Ins e TDi-Ex apresenta redução no grupo FMI quando comparado no grupo sem FMI.
Palavras Chave
fraqueza muscular inspiratória; Insuficiência Cardíaca; Ultrassonografia Diafragmática
Área
FISIOTERAPIA
Categoria
Jovem Pesquisador
Autores
RAYANE NEVES, ROBSON FERNANDO BORGES, AMANDA MOREIRA FERREIRA, MARCELA LOPES ALVES, CÁSSIA LUZ GOULART, ANA CLARA GONÇALVES COSTA, ANA PAULA SANTOS SILVA, KATRYNE HOLANDA SILVA, GERSON CIPRIANO JUNIOR, GRAZIELLA FRANÇA BERNARDELLI CIPRIANO