1º Encontro de Departamentos da Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

Paliação ventricular primária em Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico: um relato de caso

Resumo

Introdução: A Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico (SCEH) é um conjunto de malformações cardiovasculares congênitas relacionadas ao subdesenvolvimento do lado esquerdo do coração. O tratamento é feito por meio de três cirurgias paliativas de grande risco. O caso relatado foi o primeiro em que se obteve sucesso no primeiro estágio da paliação no estado de Goiás. Descrição do caso: Paciente recém-nascido (RN), sexo masculino, filho de mãe hipertensa e diabética. O parto foi via cesárea, indicada devido a presença de um descolamento prematuro da placenta. Recebido na sala de parto, teste Apgar teve nota 8/8, com temperatura axilar de 36,5 °C, no dia 14/04/2023 às 05:14, foi realizada aspiração de vias aéreas superiores e gástrica, estimulação externa, reanimação com ventilação com pressão positiva, não respirou nem chorou ao nascer. O cordão foi clampeado antes de 1 minuto e feito contato pele a pele com a mãe. Peso ao nascer de 2.080kg, estatura de 46cm, perímetro cefálico de 31,5 cm, idade gestacional de 35 semanas e 5 dias baseada em ultrassonografia (USG) e com presença de artéria umbilical única. O RN foi diagnosticado em uma USG de rotina (22 semanas e 3 dias). Dois ecocardiogramas (ECG) fetais confirmaram o diagnóstico de SCEH. No dia 20/04/23, o RN foi submetido a primeira intervenção, paliação de Fontan, e o procedimento de escolha foi o híbrido (Figura 1). Na cirurgia foi colocado um stent no canal arterial 7x24mm por meio de cateterismo cardíaco e realizada bandagem nas artérias pulmonares para estenose dos ramos pulmonares a fim de reduzir o fluxo sanguíneo a jusante. O objetivo do procedimento híbrido foi aumentar a pressão no tronco pulmonar (a montante) para garantir a manutenção do fluxo através do stent do tronco pulmonar para aorta, sendo possível manter fluxo sistêmico e coronariano através do stent implantado no canal arterial para o pulmão e o procedimento durou 4 horas. No dia 22/04, houve diagnóstico de sepse (acinetobacter), que foi controlado, mas apresentou evolução com baixo ganho de peso e dificuldade em aceitação de dieta por via oral. O paciente fez retornos ao hospital apresentado um quadro de diarreia associado a episódio de vômito, no qual seu caso progrediu para desidratação, que foi resolvida posteriormente. Conclusão: A criança encontra-se internada para realização do próximo estágio (Cirurgia de Glenn) e foi transferido para o Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em São Paulo.

Palavras Chave

Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico; Cardiopatia congênita; Técnica de Fontan.

Área

CIRURGIA CARDIOVASCULAR

Categoria

Iniciação Científica

Autores

GIOVANA FERREIRA VAZ, JOAO VITOR MENDES DA SILVEIRA, LEONARDO SARDINHA DE PAULA, VIVIANE SOARES, MIRNA DE SOUSA