1º Encontro de Departamentos da Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

Paralisia do nervo frênico após crioablação das veias pulmonares.

Resumo

Fundamentos: Ultimamente, a crioablação tem se tornado uma terapia bastante utilizada para o tratamento de pacientes portadores de fibrilação Atrial (FA), principalmente com o átrio esquerdo ainda com dimensões normais. A lesão por congelamento por hidrogênio pode, em alguns casos, ocasionar lesão do nervo frênico. Objetivo: Relatar dois casos de paralisia do nervo frênico com manifestação clínica após a crioablação da veia pulmonar superior direita em pacientes com fibrilação atrial paroxística. Material e Métodos: Entre outubro de 2019 e setembro de 2023, foram realizados 130 crioablações em nosso serviço para o tratamento de FA. Preferivelmente, os pacientes encaminhados para a terapia de isolamento elétrico das veias pulmonares deveriam ter fibrilação atrial paroxística ou persistente e tamanho do átrio esquerdo dentro das dimensões normais. Submetidos a sedação, anestesia local, uma punção femoral e punção transeptal com posicionamento do cateter balão Artic Front (Medtronic) no óstio de cada veia pulmonar. Inicialmente as aplicações nas veias à direita eram apenas acompanhadas pela observação da cúpula diafragmática através da fluoroscopia, sendo interrompida a aplicação quando se apresentava uma diminuição dos movimentos do diafragma. Resultados: Um PT (50%) era do sexo masculino a idade variou de 42 a 64 anos, com média de 53 anos e em ambos os PT a temperatura variou de - 65 a 72°C  com duração de 180 segundos. Os dois PT apresentaram alta hospitalar após 24 horas e queixas de tosse persistente, sem secreção e dispneia aos médios esforços. Nos dois PT houve remissão total dos sintomas após a utilização de corticoide, antitussígeno, deitar na posição contralateral a paralisia do diafragma e acompanhamento com fisioterapia. A tomografia foi normal após 120 dias, não sendo mais observado a elevação da cúpula diafragmática. Os dois (100%) estão sem registro de novos episódios de fibrilação atrial e sem drogas antiarrítmicas. Conclusão: A Incidência de injúria do nervo frênico nessa amostra foi baixa (1,5%), com resolução completa dos sintomas e após essa complicação, passamos a realizar a crioablação das veias à direita associado a estimulação do nervo frênico concomitante e limite no controle da temperatura de congelamento.

Palavras Chave

Crioablação; nervo frênico; paralisia

Área

ARRITMIAS CARDÍACAS/ ELETROFISIOLOGIA/ ELETROCARDIOGRAFIA

Categoria

Pesquisador

Autores

MARIA CLARA SOUZA XAVIER , LUCAS BRANDAO CAVALCANTE, LETICIA TORRES, ALFREDO MARINHO ROSA FILHO, LENINE ANGELO, SERGIO CARNEIRO, MARCONE BRANDÃO, FABIAN FERNANDES, MARCELO RUSSO, ALFREDO AURELIO MARINHO ROSA, EDVALDO FERREIRA XAVIER JUNIOR