Dados do Trabalho

Título

Análise de Internações, Custos e Taxa de Mortalidade por Infarto Agudo do Miocárdio em mulheres, entre 15-59 anos, nas regiões brasileiras, nos anos de 2018-2022.

Resumo

Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a principal causa de morte entre homens e mulheres no Brasil. Nesse contexto, atualmente, observa-se o aumento na mortalidade por IAM nos indivíduos mais jovens, especialmente nas mulheres, trazendo a necessidade de um olhar diferenciado para essa população. Objetivo: Avaliar as internações hospitalares relacionadas ao IAM quanto aos custos e a mortalidade por região brasileira entre 2018 e 2022, tendo como base o sexo feminino e faixa etária de 15-59 anos. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo, que utilizou como fonte de dados o Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), no período de 2018 a 2022. Sobre as internações, foram extraídos dados sobre ano, região, valor dos serviços e taxa de mortalidade. Na análise, utilizou-se medidas de frequência absoluta e relativas. Resultado: No Brasil, diante dos parâmetros analisados, verificou-se 80.417 internações em decorrência de IAM apresentando um custo de R$ 249.200.669,77. Observou-se o aumento de 30% nas internações entre 2018-2022, em todas as regiões e na faixa etária de 15-59 anos, sobretudo, na região Sudeste, a qual representou, aproximadamente, 50% das internações do sexo feminino na idade de 50-59 anos. Em relação aos custos, houve um aumento de 41% entre 2018-2022, destacando-se a região Sudeste (48,5%) com subsequência da região Sul (22,2%). Entretanto, entre 15-29 anos, as regiões Norte (25,9%) e Nordeste (19,6%) suplantam a região Sul sendo que, do Nordeste, o estado da Bahia possui o maior custo (36,7%). Para taxa de mortalidade, nas variáveis analisadas, há uma média de 5,94%, com importante queda entre 2018 (6,77%) e 2022 (5,14%), porém, ainda traz a região Norte (6,62%) e Nordeste (7,08%) com taxas acima da média brasileira, ressaltando os estados do Ceará (9,85%) e Sergipe (9,44%). Nessa variável, dos 15-29 anos existem algumas falhas nos dados, todavia, a região Norte e Sul lideram com as maiores taxas. Conclusão: A partir do estudo, conclui-se que as mulheres, devido a questões fisiológicas e socioculturais, estão tornando-se mais vulneráveis a quadros de isquemia. Assim, sendo uma classe importante e, em faixas etárias cada vez menores, de internação hospitalar por causa de IAM, principalmente no Sudeste. Ademais, apesar das taxas de mortalidade estarem reduzindo no âmbito nacional, reforça-se a necessidade de políticas de prevenção e promoção de saúde em algumas regiões brasileiras, como o Norte e Nordeste.  

Palavras Chave

infarto agudo do miocárdio; Saúde da Mulher; Internações.